Porque personalizar(pt) ou customizar(br) é preciso!

Modelo de Amaury Filho


A especialista em Design Têxtil, Artemísia Caldas, explica o termo:
“A palavra customização, que até pouco tempo não existia na língua portuguesa, foi criada para traduzir uma expressão em inglês – custom made - significa então sob medida. Tudo indica que essa proposta nasceu com o movimento hippie na década de 60, com o advento dos processos artesanais e o desenvolvimento de técnicas de tingimentos de tecidos, trabalhos com retalhos (patchwork) contribuindo para personalização das peças. (PALOMINO, 2002). Nessa onda, customizar significa reciclar, transformar o básico numa nova peça, única, exclusiva, seja com recortes, apliques, costuras decorativas, lantejoulas, pedrarias, babados, botões, tingimentos, pinturas, dentre outras infinidades de maneiras e materiais utilizáveis. É um verdadeiro “vale tudo” para a obtenção de roupas e acessórios únicos, diferentes daqueles produzidos em série. Pode ser feito através de técnicas somente manuais, técnicas à máquina, colada, silkada, cortada, como também usando todas as técnicas necessárias e possíveis para um bom resultado estético harmonioso.
Na opinião de Vicent-Ricard (1989), a conseqüência imediata do fenômeno foi o surgimento e o fortalecimento de um poder específico, capaz de desorganizar tudo: a iniciativa criadora e personalíssima do consumidor, que permite a cada um exercer sua própria criatividade em função de sua imaginação e de suas visões.”

Modelo de Prila Paiva

Não é novidade que a customização caiu no gosto das pessoas há algum tempo. Começou com os acessórios, passou para as roupas, mas a grande novidade agora entre os jovens é customizar seus pares de tênis.
A jornalista Adriana Terra escreveu para o site Jovem, da UOL, uma matéria que fala sobre customização e como ganhar dinheiro com isso, além de ser uma ótima forma de criar projetos sociais:
“Foi por meio de seu interesse pela cultura do tênis que Leandro Nascimbene, 26, mais conhecido como Jimmy, passou a customizar alguns pares, pintando os modelos com inspiração em coisas que gosta, como os filmes “Faça a Coisa Certa” (1989), de Spike Lee, e “Sin City” (2005), de Frank Miller.
Quando começou a customizar, há cerca de dois anos, não tinha a intenção de comercializá-los. “Morava com um amigo, fui pintando os meus e os dele”, conta. “Comecei a me informar e pesquisar mais sobre os materiais necessários. Depois que consegui o material correto comecei a trabalhar”. Hoje, Jimmy vende suas criações pela Web e para amigos que encomendam dele.
Já Andréa Santos, 31, aproveitou seu interesse por trabalhos manuais para pintar também calçados. “Além dos desenhos que eu mesma crio, faço ilustrações ao gosto de cada um, crio em cima do que me pedem”, conta ela, que vende pela Internet seus tênis e também os usa para divulgar.”
Leia matéria completa em Mania de customizar tênis ganha força com projetos sociais e comércio on-line.

Mais fotos de tênis customizados

Modelo de Ana Shio

Modelo de Nascimento Nascimbene


Modelos de Andreas Santos


Modelos de Andreas Santos


Modelo de Beto Janz



Tênis pintados à mão


REFERÊNCIAS:
CASTILHO, Kátia. Moda e Linguagem. São Paulo: Anhembi Morumbi, 2004.
JONES, Sue Jenkyn. Fashion Design: manual do estilista. Tradução Iara Biderman. São Paulo: Cosac Nalfy, 2005.
PALOMINO, Érika. A moda. São Paulo: Publiofolha, 2002.
VICENT-RICARD, Françoise. As Espirais da Moda. Tradução Maria Inês Rolim. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1989.

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